quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A NASA irá lançar um telescópio mais potente que o Hubble em 2018

''No mesmo ano em que o telescópio Hubble comemora 25 anos no espaço, a NASA e seus parceiros anunciam a construção de uma nova ferramenta ainda mais poderosa para investigar o espaço de uma forma nunca feita antes''



   Batizado de James Webb Space Telescope  (JWST), o novo telescópio da agência promete promete ser 100 vezes mais potente do que o Hubble e está programado para decolar em Outubro de 2018 numa missão que vai dar uma visão sem precedentes das primeiras galáxias formadas no início do universo.
   Em pronunciamento oficial, a agência espacial Norte-Americana diz que o JWST será capaz de colher informações de cerca de 200 milhões de anos depois do Big Bang. Além disso, os cientistas descrevem como ''uma poderosa máquina do tempo com visão infravermelha  que irá voltar a mais de 13,5 bilhões de anos para ver as primeiras estrelas e galáxias se formando na escuridão do inicio do universo''.
   Inicialmente, o projeto custaria US$ 3,5 bilhões, mas todo o desenvolvimento já ultrapassa a marca de 8 US$ bilhões. O montante assusta, mas é justificado por Mark Clampin, um dos cientistas à frente do novo telescópio, porque ''o que o Webb realmente fará é procurar pelas primeiras galáxias do universo'' e que ''ele também será capaz de fazer buscas em partes muito obscuras do universo nas quais as estrelas nascem.
   O JWST deve pesar 6,4 toneladas e ter 6,5 metros de diâmetro, sendo três vezes maior que o Hubbler. O telescópio ainda deve carregar quatro instrumentos, como câmeras e espectrômetros, que podem capturar até os sinais mais fracos.
 
Comparação do tamanho do JWST com o telescópio Hubble

   A capacidade da visão infravermelha vai ajudar na observação de corpos celestiais distantes e o disparador da câmara vai permanecer aberto por longos períodos. Matt Greenhouse, um dos cientistas do projeto diz que o Webb terá 70 vezes a capacidade de captação de luz do Hubble. ''Então, a combinação do seu tamanho com o infravermelho vai permitir que nós observemos este passado épico do universo'', comenta.
   Entre objetivos do lançamento do telescópio está o avanço por vidas extraterrestres e por água em planetas fora do sistema solar, também conhecidos como ''exoplanetas''. Em 2009, outro telescópio, o Kepler, foi lançado para ajudar os astrônomos na identificação destes milhares de exoplanetas.
   Para Greenhouse, o Webb é grande o suficiente para ter  uma alta probabilidade de encontrar evidências de vidas na atmosfera dos exoplanetas. ''nós temos sensores que vão nos permitir estudar a atmosfera dos exoplanetas espectroscopicamente. Então, poderemos entender a composição destas atmosferas'' diz.
   

   Ao contrário do Hubble, que apenas circula em volta da Terra, o JMST vai mais além, em um lugar chamado L2 doLaGrange Point, cerca de 1,5 milhões de quilômetros espaço a dentro.
   Essa distância vai fazer com que o telescópio permaneça frio, prevenindo ainda que ele sofra com sua própria luz infravermelha e permaneça protegido contra a radiação.
   O JWST vai ser lançado com o foguete Ariane 5, criado pela Agência Espacial Européia, da Guiana francesa

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